Análise Tática da Seleção Brasileira no Mundial de 2008




Não há lugar como o lar. Nunca a máxima popular esteve tão ligada à Seleção Brasileira de futsal em 2008. Aproveitando o fato de sediar a competição em 2008, a equipe do técnico Paulo César de Oliveira, o PC, superou a Espanha nos pênaltis, em decisão realizada no Maracanãzinho, e retomou a condição de melhor do mundo em uma modalidade onde o País está acostumado a mandar.
A campanha do Brasil mostrou que o País está de volta à boa forma. A Seleção caiu no Grupo A, teve 100% de aproveitamento, marcou 48 gols e sofreu apenas um nos quatro primeiros jogos realizados. O desempenho chamou a atenção dos rivais.

Mais do que recuperar a hegemonia, o título brasileiro finalmente coroa a carreira de Falcão. Principal jogador da modalidade, o atleta chamou a atenção pelos dribles e jogadas. 

1- Defesa 

Neste Mundial o Brasil apostou por uma defesa mais pressionante, alternando com uma defesa meia quadra. Os pontos fundamentais de sua defesa foram à pressão ao jogador com posse de bola, buscando trocas defensivas, realizando uma defesa com a intenção de recuperar a posse de bola mediante interceptações, antecipações a marcação. Na meia quadra defensiva, quando a bola entrava no pivô, tentavam sempre cercar e fechar as linhas de passes e realizar ajudas defensivas continuas. 






Jogos Pedagógicos – Utilizando meios táticos individuais em benefício coletivo

Para muitos autores espanhóis, as organizações do jogo podem ser dividias em meios táticos, que organizam-se em táticas individuais e coletivas, sendo que os meios táticos coletivos subdividem-se em meios táticos de grupo (envolvendo 2 ou 3 jogadores adjacentes) e de equipe (envolvendo toda a equipe).
Ao falar de Táticas Individuais, podemos destacar, por exemplo as fintas e desmarques.
Um primeiro olhar nos trás uma curiosidade: fintar não será uma ação técnica? Desmarcar-se também não seriam?
A princípio parece que podemos simplesmente colcoar cones ao chão e orientar para que nossos alunos “driblem” esses cones, fixando e deslocando rapidamente de um lado para o outro, conseguindo assim ensinar-los a fintar.
Sobre a ótica do ensino tradicional, isso parece adequado, pois ensinamos a técnica da finta e com o conhecimento de como essa técnica se organiza, depois veremos se há transferência imediata para o confronto de 1×1.
Ensinada dessa forma, a finta é técnica e não tática.
Porém, se a finta for uma ação individual que, porém, gera benefícios coletivos (grupo e equipe), essa finta passa a ser entendida como tática e não como técnica. Assim, um gesto intencional, que tange à ação de uma determinada técnica para resolver um determinado problema ganha uma conotação de benefício para o restante da equipe, e não apenas para o executor da ação.
Dessa forma, numa ótica de ensino pautada no Jogo, ensinar a fintar, que será nosso exemplo, incidirá no ensino de muitos outros meios táricos do jogo, que terão na finta a origem de um benefício que pode ser transmitido para toda equipe.